Mortandade de peixes no rio Paraopeba preocupa ambientalistas

A mortandade de peixes no rio Paraopeba provocou forte mobilização de autoridades, ambientalistas e moradores locais em Minas Gerais. Nos últimos dias, milhares de animais apareceram mortos em trechos entre Betim e Esmeraldas. O caso ganhou repercussão depois que vídeos gravados por ribeirinhos mostraram o leito do rio coberto por carcaças. Por isso, cresce a suspeita de crime ambiental e aumenta a pressão por respostas rápidas das autoridades.
Indícios de contaminação reforçam investigação
O presidente do Comitê da Bacia do Rio Paraopeba, Heleno Maia, relatou que equipes recolheram cerca de 4.500 animais mortos em pontos diferentes do rio. Segundo ele, a presença de espécies como surubim, cascudo, bagre e até o pacamã — que corre risco de extinção — aponta para a contaminação por substâncias tóxicas. Como consequência, amostras de água e sedimentos já foram encaminhadas para laboratórios, e Maia pediu urgência na entrega dos resultados. Dessa forma, a identificação do responsável deve ocorrer de forma mais ágil.
Governo de Minas intensifica ações de fiscalização
O governo de Minas reagiu com rapidez. O Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) iniciou coletas emergenciais na região, enquanto equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, do Instituto Estadual de Florestas e da Polícia Militar de Meio Ambiente atuam de forma conjunta no monitoramento. Em nota oficial, o Estado assegurou que medidas de mitigação serão anunciadas logo após a conclusão das análises laboratoriais. Esse trabalho busca não apenas minimizar os danos, mas também responsabilizar os possíveis culpados.
Impactos para comunidades ribeirinhas

A mortandade de peixes no rio Paraopeba atinge diretamente os ribeirinhos. Além da perda imediata da pesca de subsistência, moradores relatam medo de consumir a água do rio e incerteza sobre os riscos à saúde. Ao mesmo tempo, especialistas alertam que o desequilíbrio ecológico pode comprometer toda a cadeia alimentar da região. Assim, a tragédia não se limita ao meio ambiente, mas afeta também a segurança alimentar e a qualidade de vida das comunidades.
Caminhos para preservar o Paraopeba
Diante desse cenário, ambientalistas defendem três medidas principais: ampliar o monitoramento do rio, garantir transparência nos resultados das investigações e punir com rigor os responsáveis, caso seja comprovado crime ambiental. Além disso, recomendam que moradores evitem pescar e consumir peixes da região até nova orientação oficial. Portanto, a mortandade de peixes no rio Paraopeba deve servir como alerta para o fortalecimento de políticas públicas de proteção ambiental.
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