Inteligência artificial na educação já é realidade nas salas de aula

A inteligência artificial na educação tem ganhado espaço em escolas públicas e privadas de todo o país. Desde plataformas de correção automática até sistemas que personalizam o ensino conforme o perfil do aluno, a tecnologia vem modificando profundamente o jeito de ensinar e aprender. Por isso, essa revolução tecnológica precisa ser acompanhada por um debate sério sobre seus limites e responsabilidades.
Como afirmou o deputado federal Reginaldo Lopes:
“A inteligência artificial é uma oportunidade de ampliar o acesso ao conhecimento, mas precisa estar a serviço da justiça social e da equidade educacional.”
Além disso, estudos recentes indicam que o uso adequado da inteligência artificial na educação pode elevar o desempenho dos alunos em até 30%. Ao mesmo tempo, o engajamento em plataformas digitais de aprendizado aumentou 60% quando houve personalização baseada em IA. Mesmo assim, os desafios permanecem: o acesso desigual à tecnologia e a falta de regulamentação ameaçam aprofundar ainda mais as desigualdades já existentes.
Regulamentar a IA é essencial para proteger alunos e professores
Sem dúvida, sem um marco legal que oriente o uso da inteligência artificial na educação, o Brasil corre o risco de deixar estudantes vulneráveis à coleta indevida de dados e professores submetidos a processos de automação que precarizam sua função.
Por esse motivo, é urgente estabelecer diretrizes para garantir:
Transparência no uso de algoritmos;
Proteção dos dados escolares;
Valorização do trabalho docente;
Combate à exclusão digital.
Assim, a regulação da IA no ensino deve priorizar a inclusão digital e a equidade, assegurando que cada ferramenta tecnológica seja, de fato, uma aliada da aprendizagem e não um obstáculo à participação plena dos alunos. Logo, o avanço tecnológico deve caminhar ao lado da ética e da responsabilidade social.
Tecnologia na sala de aula pode ser aliada da equidade educacional
De modo geral, a inteligência artificial na educação tem potencial para personalizar o ensino, facilitando o acompanhamento do progresso de cada aluno. Ferramentas adaptativas ajudam a identificar lacunas de aprendizagem, oferecendo conteúdos sob medida para melhorar o desempenho.
Entretanto, para que esse cenário funcione na prática, é necessário:
Formação contínua de professores;
Infraestrutura tecnológica adequada em todas as regiões;
Políticas públicas que garantam acesso universal à internet e equipamentos.
Vale destacar que, educação e tecnologia não se opõem — pelo contrário, se bem integradas, tornam o processo de ensino mais inclusivo, interativo e eficaz. Além disso, a experiência de escolas inovadoras no Brasil já comprova isso. Por exemplo, algumas iniciativas estão sendo mapeadas por portais especializados, como o Notícia Aí Empreende, que traz reportagens sobre transformação digital na educação pública.
Dsafios éticos do uso da IA no ambiente escolar
Contudo, além dos benefícios, a inteligência artificial na educação traz consigo dilemas éticos. A principal preocupação é com o uso indevido dos dados dos estudantes. Em muitos casos, os dados são utilizados sem transparência e sem consentimento das famílias.
Adicionalmente, outros desafios incluem:
Risco de viés algorítmico, que pode reforçar preconceitos;
Desumanização do processo educativo;
Redução do papel do professor à simples figura de monitor.
Dessa forma, esses riscos só serão evitados com regulação responsável e participação ativa da sociedade civil, garantindo controle social sobre o desenvolvimento e implementação dessas tecnologias nas escolas.
Como construir uma regulação da IA voltada para o bem comum
Por fim, a construção de uma regulação para a inteligência artificial na educação deve ser democrática e transparente. Ou seja, é fundamental ouvir especialistas, professores, estudantes, pais e responsáveis. O objetivo, nesse caso, deve ser garantir que a IA amplie o acesso ao conhecimento e fortaleça a escola pública.

Reginaldo Lopes, que atua como vice-presidente da Comissão de Regulamentação da Inteligência Artificial na Câmara dos Deputados, reforça:
“Defendemos um marco legal que promova inovação com responsabilidade, que proteja os direitos dos alunos e valorize os profissionais da educação.”
Assim sendo, alguns princípios que devem nortear esse marco são:
Centralidade no ser humano;
Priorização da equidade;
Desenvolvimento soberano de tecnologias;
Controle democrático e social.