Programa Câmara na Rua ouve a população sobre orçamento

O Poder Legislativo deu início, na tarde de terça-feira (4 de novembro), na Praça Tiradentes, ao Programa Câmara na Rua. Instituído por meio da Resolução nº 2.869/2025, de autoria da Mesa Diretora e aprovado por unanimidade, o Programa tem como objetivos principais promover iniciativas que fomentem a cidadania e a participação popular e receber propostas de destinação de Emendas Impositivas de Bancadas ou Blocos Parlamentares.
Em seu pronunciamento inicial, o presidente da Câmara Municipal de Betim, vereador Leo Contador, frisou que o Câmara na Rua deseja estreitar ainda mais os laços entre o Poder Legislativo e a população nesse momento importante da elaboração da peça orçamentária para 2026. As sugestões colhidas diretamente com os cidadãos serão levadas para as bancadas e os blocos partidários com o intuito de incluí-las como Emendas Impositivas ao Orçamento, que já está em tramitação.
Como exemplo objetivo dessa escuta, Leo citou o pedido formulado pelos comerciantes para revitalizar a Praça Tiradentes, localizada no coração de Betim, e torná-la mais bonita e acessível às pessoas com deficiência.
Efetiva participação popular

Muitos populares puderam se manifestar e apresentar inúmeras sugestões. Uma delas foi a realização de um censo oficial para se apurar o número de pessoas com deficiência no município e a partir desse levantamento formular e executar as políticas públicas voltadas para esse público. A Associação dos Surdos sugeriu que haja investimento pesado em acessibilidade para garantir a participação de todos, bem como a presença de professores bilíngues nas escolas para facilitar a comunicação por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A secretária adjunta de Inclusão, Gabriela Carvalho Santos, afirmou que essa pauta é coletiva e precisa da participação efetiva de toda a sociedade. Em Betim, existem cerca de 30.000 cidadãos com algum tipo de deficiência, física ou mental. Somente as crianças representam 3.000 usuários na rede de apoio e os investimentos crescem a cada ano. Gabriela ressaltou que crianças neurodivergentes necessitam de profissionais qualificados para atendê-los da melhor qualidade possível.

Pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pediram alocação de recursos para a ampliação do tratamento por intermédio da equoterapia. Leo Contador adiantou que cerca de R$600 mil serão destinados para a readequação da equoterapia.
A presidente do Conselho Estadual das Mulheres, Bárbara Ravenna, solicitou que as políticas voltadas para a proteção das mulheres sejam fortalecidas, tal como a construção de uma Casa de Passagem e a ampliação do número de efetivo da Guarda Municipal voltado para o combate à violência doméstica.
Os profissionais que atuam nas creches conveniadas reivindicaram o pagamento do Abono Trabalhador de R$500 que foi pago a todos os servidores.
Representantes da Guarda Municipal frisaram a importância de se investir na prevenção ao crime. Para cada R$1,00 aplicado na prevenção, são economizados R$8 na repressão.
As gerentes das Unidades de Saúde reivindicaram maior número de Guardas Municipais para garantir a segurança dos servidores e usuários e mais investimentos na realização de exames laboratoriais.
Ampliação no horizonte
Líder de Governo na Câmara Municipal, o vereador Tiago Santana ressaltou que a construção coletiva é essencial para elaborar um Orçamento verdadeiramente democrático. Tiago se lembrou das antigas Ágoras Gregas, nas quais a população discutia e decidia assuntos de interesse do país. Para 2026, o parlamentar defendeu que o percentual do Orçamento destinado à participação popular seja ampliado.
Também participaram do lançamento do Programa Câmara na Rua os vereadores Gregório Silva, Adelio Carlos, Paulo Tekim, Marquinho Rodrigues, Angela Maria, Zequinha Romão, Baé da Comunidade, Carlin Amigão, Gilberto Vianópolis, Kenin do G10, Rony Martins, Roberto da Quadra e Dudu Braga. Vários parlamentares discursaram e reiteraram a importância dessa iniciativa. A partir de agora, todas as sugestões apresentadas pela população serão analisadas e, se forem legalmente viáveis, transformadas em Emendas Impositivas ao Orçamento 2026. Veja mais
Com imagens e informação CMB




