Guerra santa: igreja Quadrangular de Betim briga por templo lucrativo

Guerra santa: igreja Quadrangular de Betim briga por templo lucrativo

A Igreja Quadrangular de Betim vive um dos momentos mais tensos de sua história recente. O conflito entre o ex-pastor Aldo Ferreira Sobrinho e a direção estadual da instituição se transformou em uma disputa judicial pela posse de um dos maiores templos da região, localizado no bairro Laranjeiras. A decisão da Justiça determinou a reintegração da posse para a Igreja do Evangelho Quadrangular de Minas Gerais, mas o caso está longe de terminar, já que envolve também questões financeiras – na ordem de milhares de reais –  e políticas dentro da comunidade religiosa.

A disputa pela posse do templo em Betim

O centro da controvérsia é o templo principal da Igreja Quadrangular de Betim, que comporta cerca de cinco mil pessoas e representa um patrimônio milionário, sem falar na cobrança de 10% dos fiéis que ninguém sabe a contabiliade. Segundo informações judiciais, Aldo Ferreira Sobrinho pleiteava o reconhecimento da posse sobre o imóvel e suas dependências. Entretanto, a Justiça entendeu que o terreno pertence oficialmente à instituição estadual. Leandro Genaro, presidente da Quadrangular em Minas, afirmou que a entrega das chaves foi feita de forma pacífica, cumprindo determinação judicial, e não uma decisão interna.

Aldo disse que o culto será realizado na rua

Apesar da decisão, Aldo Ferreira Sobrinho declarou que continuará realizando cultos nas ruas. “No domingo, estaremos juntos, vamos fazer o culto no passeio”, disse o pastor, em tom de resistência. Essa postura revela o quanto a Igreja Quadrangular de Betim se tornou palco de disputas ideológicas e pessoais, refletindo o embate entre a liderança institucional e os pastores que desejam autonomia sobre suas congregações.

Impacto financeiro e político dentro da igreja

A controvérsia ultrapassa o aspecto espiritual. O templo em disputa movimenta valores expressivos, já que o número de fiéis e o recolhimento de dízimos mensais — tradicionalmente em torno de 10% da renda dos membros — representam um faturamento considerável guardado em baixo de sete chaves. Essa realidade transforma a Igreja Quadrangular de Betim em um ponto estratégico dentro do cenário religioso mineiro. Assim, a questão jurídica acaba tendo reflexos políticos, econômicos e até comunitários.

Conflitos semelhantes em outras cidades mineiras

Esse episódio não é isolado. A Igreja Quadrangular de Betim faz parte de um contexto mais amplo de litígios envolvendo propriedades da denominação em outras cidades de Minas Gerais. Há relatos de invasões de templos e disputas com grupos dissidentes, além de um processo movido por herdeiros de uma antiga propriedade em Belo Horizonte. Esses casos levantam um debate importante sobre a regularização de imóveis religiosos e a transparência na administração patrimonial das igrejas.

Reflexões sobre fé, poder e propriedade

A chamada “Guerra Santa” em Betim evidencia como a fé e a gestão patrimonial se entrelaçam em um cenário de grande complexidade. Embora a fé mova multidões, a disputa por controle e recursos materiais revela que o poder institucional dentro das igrejas ainda é um tema sensível. É fundamental que lideranças religiosas priorizem a transparência e o diálogo, garantindo que o espiritual prevaleça sobre o material.

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Lourival Santana

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